quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

VIAGEM A BOGOTÁ, QUITO E LIMA (3. Lima)

A terceira capital visitada, nesse nosso giro sul-americano, foi Lima, capital do Peru, uma cidade muito grande, de mais de 10 milhões de habitantes. Chegamos lá no meio da tarde do dia 29 de janeiro (um domingo) e partimos 2 de fevereiro, à noite (quinta-feira). Assim, tivemos quatro dias inteiros para conhecer a cidade. Nosso hotel foi o Kamana, situado na rua Camana (tônica na última sílaba), localizado no centro histórico.
Perambulando pelas áreas próximas ao nosso hotel, pudemos admirar a arquitetura colonial dos prédios da região assim como a fachada da igreja de La Merced, de estilo barroco, igreja essa datada de 1535 (!), tendo sofrido desde então, naturalmente, muitas reformas e reconstruções... Abaixo, eu na frente desse templo religioso e Rosi nas proximidades dele.
Caminhando algumas quadras mais ao Norte, o visitante encontrará a praça central (“Plaza de Armas”), a Catedral, o Palácio do Governo,a prefeitura e outros prédios, como ocorre no centro de outras cidades de colonização espanhola (a Catedral é de 1758 e foi refeita após o terremoto de 1940). Dada a situação política anormal do Peru (recente destituição de Pedro Castilllo e início da gestão da atual presidente Dina Boluarte), a região estava tranquila mas bem policiada (cf grades móveis), certamente para evitar a concentração ali de manifestantes (que vimos ocorrer em outra praça da cidade, quando vínhamos do aeroporto).
Na Catedral de Lima foi sepultado o fundador da cidade-- Franciso Pizarro (1478-1541), cujo esqueleto está à mostra (v. abaixo):
Ainda na Catedral, visitamos, além da sua cripta, o museu anexo.
Perto desse belo quarteirão da praça central situa-se a Pinacoteca Municipal, que visitamos. No momento apresentava uma exposição do artista limenho Francisco “Pancho” Fierro (1807-1879), cujas interessantes aquarelas retratam o povo e os costumes da época.
Explorando o lado Sul em relação ao nosso hotel, no centro da cidade, estivemos em dois museus, próximos um do outro: o Museu de Arte Italiano, segundo o meu guia, presenteado a Lima em 1921 pela comunidade italiana, com telas de artistas só da Itália, a julgar pelos sobrenomes. Também visitamos o Museu de Arte de Lima, próximo dali. Neste, nos impressionou a grande tela intitulada "Os funerais de Atahualpa", de Luis Montero, 1867 (v. abaixo, detalhe):
Para concluir, resta mencionar que conhecemos ainda o Mercado Central de Lima (e o bairro chinês, próximo dele) e contratamos um percurso de ônibus “sight-seeing” pela cidade. Saímos do centro, e percorremos alguns bairros, especialmente os de San Isidro e Miraflores, além da região da praia, com a bela vista do mar, vale dizer, do Oceano Pacífico.
Descobri, no final dessa estada em Lima, que na mesma rua do nosso hotel, caminhando algumas quadras para o Sul, há inúmeros sebos (no mínimo uns dez, um ao lado do outro), para minha alegria. Ali comprei livros de Vargas Llosa, Juan Carlos Onetti, Miguel Ángel Asturias, Alejo Carpentier, Camilo José Cela etc por um preço bem baixo (a propósito, a moeda do Peru é o sol. Um dólar americano equivale a 3,80 soles).
Acima, aldrava de um portão no centro histórico; abaixo, brasão da municipalidade:

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